terça-feira, 30 de junho de 2009

Contra o vírus: banho!

Oi amigos, blz?
Minha cidade querida, Passo Fundo, está famosa. Apareceu até no Jornal Nacional. Porque? Porque foi aqui que morreu o primeiro brasileiro pela nova gripe.
Não é uma boa coisa, mas Passo Fundo só aparece na tv quando há desgraça.
Enfim, aconteceu o que todos temiam. A tal gripe, que já comentei por aqui , está cada vez mais perto de nós. Como moro há duas quadras do hospital, a gripe está há 2 quadras de distância de mim. E agora?
E agora nada, fico aqui em casa, esperando não entrar num ônibus com um pestilento de gripe do porco (não é mais do porco né?).
O problema maior, é que aqui no sul, em época de frio, gripe é uma doença muito comum. A gripe sazonal deixa a gente num estado parecido com um surto de EM, no sentido de deixar o vivente meio inútil, no cantinho dele, tomando remédio até melhorar.
Como é uma doença comum, o povo que tem febre alta toma um tylenol e espera passar. Só que com essa nova gripe, é necessário ir ao médico rápido. Como todo mundo acaba se automedicando, fica difícil a morte não chegar perto.
Por isso gentes, se você tiver febre alta, não espere muito pra ir no médico. É melhor ir lá e sair com o alívio do diagnóstico de uma gripe comum, ou com o tratamento correto pra gripe nova, do que esperar em casa e quando for no hospital, ser tarde demais.
Mesmo com a dona Michelle Bachelet achar absurdo o pedido do nosso ministro da saúde para não viajarmos para o Chile e Argentina, eu acho muito pertinente. Melhor ficar saudável aqui, do que doente lá. Vamos deixar as férias de lado e espero que os vizinhos chilenos e argentinos entendam que não é nada pessoal.
Como eu não tenho grana pra ir pra lá agora, não me preocupo. Só espero que até setembro a coisa melhore, porque aí sim vou precisar ir e acho que a máscara hospitalar não favorece meu perfil.
Uma outra coisa curiosa nessa gripe, é que a melhor coisa que se pode fazer, além de evitar contato com pessoas infectadas, é lavar as mãos. Contra gripe do porco? Higiene.
De qualquer forma, com gripe, ou sem gripe, com EM ou sem EM, cuidem bem das suas saúdes, comendo direitinho, se agasalhando bem no frio e sendo limpinho. A gente pode ser pobre, mas é limpinho.

Até amanhã!
Bjs

Aconteceu no mundo 1: Caiu outro avião de franceses. Vamos mandar uma mãe de santo pra benzer esse país lindo... bateu a miudinha por lá.

Aconteceu no mundo 2: Golpe militar em Honduras, onde vive nosso amigo Luis Estrada. Esperamos que isso se resolva logo, sem governo militar e sem um novo "Fidel Castro".

sábado, 27 de junho de 2009

Fábula do dia

Oi amigos, blz?
Hoje vou contar pra vocês uma fábula, nada clássica, sobre como a gente age na vida. Desculpe o palavreado, mas nao tem outro jeito de contar:
Um coelhinho felpudo estava fazendo suas necessidades matinais (cocô), quando olha para o lado e vê um enorme urso fazendo mesmo, o urso se vira para ele e diz:
- Hei, coelhinho, você solta pêlos?
O coelhinho, vaidoso e indignado, respondeu:
- De jeito nenhum, venho de uma linhagem muito boa...
Então o urso pegou o coelhinho e limpou a bunda com ele.
MORAL DA HISTÓRIA: Cuidado com as respostas precipitadas, pense bem nas possíveis consequencias antes de responder!

No dia seguinte, o leão, ao passar pelo urso diz:
- Aí, hein, seu urso! Com toda essa pinta de bravo, fortão, bombado...! Te vi ontem, dando o rabo prum coelhinho felpudo. Já contei pra todo mundo!!!
MORAL DA MORAL: Você pode até sacanear alguém, mas lembre-se, sempre existe alguém mais filho da puta que você!

MINHA MORAL PARA HOJE: Não adianta, quando a gente acha que vai sacanear, acaba sacaneado. Aquela história de o feitiço se virar contra o feiticeiro. Mas veja bem a vantagem de ser um gambá nessas horas. Pois é, a gente às vezes acha que nossas deficiências nos atrapalham, mas coelhinho que solta pêlo (estropiado) sofre menos.

Até amanhã!
Bjs

P.S.: Obrigado Jeferson por me enviar essa bela história de vida...hehehe

sexta-feira, 26 de junho de 2009

Michael: a Lenda!

Oi gentes, blz?
Eu estou saudosa hoje, e peço licença pra falar do assunto do momento: a morte do Rei do Pop Michael Jackson.
Não sou uma fãããããã dele, mas aqui em casa temos até um compacto (aqueles discos de vinil pequenos, com uma música em cada lado) do Jackson Five (lembram que tinha o desenho animado também? eu via). Fora o vinil de Thriller, ainda com plástico, bem cuidadinho. E os copos gigantes da Pepsi, vocês ainda tem? Michael Jackson fez parte da vida de todos nós.
Seja pelas loucuras que ele fez, pelas músicas maravilhosas (na minha opinião, claro), pelos videoclipes que revolucionaram o mercado de clipes no mundo, pelo seu moonwalking ou pelas suas luvas de diamantes, todos tem alguma história do Michael pra contar.
E quer alguém mais diferente, (extraterrestre eu diria) que ele?
O cara não quis ser negro, mas não era racista. Não quis o nariz que tinha, se cortou até ficar quase sem um. Não quis crescer e criou a Neverland (Terra do Nunca).
Se é verdade as acusações de pedofilia ou não, não sei.
Eu vejo a figura do Michael Jackson como uma criança frágil que não teve infância (olha aí o futuro da Maísa) e que com a fama, o sucesso e o dinheiro quis recriar uma infância, um mundo mágico onde ele era a criança e o rei. Eu sei, pode ser uma visão meio ingênua, mas é assim que o vejo.
Lembro de tentar fazer o moonwalking (aquela andadinha arrastada de ré), de imitar o gritinho dele (inconfundível) e dele vindo ao Brasil gravar uma música linda (They Don't Care About Us) com o Olodum. São muitas recordações de momentos em que o Michael ( Maicô, pra maioria dos brasileiros) estava "presente" de alguma forma.
Certamente ele tinha sérios problemas psicológicos, doenças físicas e mentais. Sua excentricidade e obsessão pela "beleza" e juventude fizeram com que o nome dele ficasse envolvido em escândalos. Mas prefiro lembrar dele como o músico e compositor fantástico, o showman Michael Jackson.
Minhas músicas preferidas? Provavelmente as mais famosas: ABC, Ben, Beat It, Billie Jean, I´ll be There, Don't Stop 'Till You Get Enough, They Don't Care About Us, We Are the World, Black or White e, lógico, Thriller. Thriller é tudo!
Bom, a lista seria muito grande, porque eu curto muito as músicas dele. Pensando bem, ao escrever esse post, acho que sou fã dele sim.
Nos próximos dias, provavelmente vai passar nos canais de TV documentários sobre a vida dele, e com o decorrer dessas imagens e músicas, você vai perceber também o quanto Michael Jackson mudou sua vida.
Fica hoje para nós, a "saudade" e a mensagem do astro, em uma de suas músicas:
"Não importa o quão difícil a tarefa pareça
Não desista de nossos planos
Não desista de nossos sonhos
Nenhuma ponte quebrada pode nos fazer voltar
Porque aquilo que estamos buscando está próximo de ser encontrado"
Até amanhã!
Bjs

quinta-feira, 25 de junho de 2009

Barata Tonta

Oi gente, blz?
Desde que começou o frio, parei com a hidroginástica. Uma pena, porque estava me sentindo muito bem. Mas sair da água quente para o ar gelado ia acabar me matando.
Pensei cá comigo, que não podia perder o reforço muscular ganho na piscina. Aqui em casa temos uma esteira que estava só juntando pó na sala. Resolvi que era hora de encarar ela.
Só que fazer esteira é um troço muuuuuuuito entediante. Mesmo tendo uma ótima vista aqui da sala (vejo todo o movimento da rua), 1 minuto se transforma em 10 na esteira.
Que que eu fiz? Inventei a esteira de leitura. Assim, ela é dum modelo velhinho, e só tem o "corrimão" pra se segurar e tinha um visor que não funcionava mais, que dizia quilometragem e talz. Arraquei o tal visor e com a ajuda da mãe e nosso conhecimento de marcenaria e invencionice (acho que tá no sangue,afinal, meu vô é o Professor Pardal), fizemos uma "escrivaninha" na tal esteira.
Uma maravilha. Lendo eu consigo fazer 15 minutos por dia.
Há alguns dias, antes de pegar o bus pra ir à aula de francês pensei: vou tentar ir caminhando. Eu estava meia hora adiantada mesmo, então não ia me atrasar.
Consegui chegar lá (é há umas 10 quadras aqui de casa), sem cansar as pernas. Veja bem, as pernas. Porque fiquei zonza, com a cabeça "pesada".
Um dos grandes problemas do esclerosado, é que além da falta de força nos músculos pra caminhar, a gente fica meio barata tonta no meio de muita gente.
É uma mistura de pressão baixa com labirintite. Sei lá como explicar. Mas eu perco até a noção de espaço se tem muito barulho ou muito movimento perto, de gente passando.
Até algum tempo atrás não tinha problemas com isso. Ia em baladas e ficava bem, nem um pouco tonta (quer dizer, tonta por causa das birita só). Mas agora não. Fico completamente perdida no meio da multidão.
Descobri que caminhando e escutando música fica mais fácil, porque me concentro na letra da música e não no movimento.
Já tive até pesadelos onde eu fico no meio de um monte de gente, numa rua movimentada e não consigo me mover sozinha ali. Uma sensação de que vou cair, não sei. Normalmente esses sonhos vem nos dias em que ando sozinha na rua.
O lado bom dessa minha aventura é que eu consegui chegar sem cansar. O ruim é que eu confirmei o que eu já sabia: eu sou uma barata tonta na rua.
Então, amigo esclerosado, se você se sente assim também, não se preocupe, você não é uma barata sozinha na rua. Existem outras como você, tontinhas, tontinhas, tentando chegar no seu destino.
Caminhar sozinha? Acho que só na minha esteira de leitura mesmo. Caminhando e estudando, eu vou chegar lá. Onde? Não sei exatamente. Mas sei que vou chegar.

Até amanhã!
Bjs


Em tempo: hoje fazem 25 anos que um dos maiores filósofos da atualidade morreu, o francês Michel Foucault (lê-se fucô). Para alguns um maluco, para outros um gênio. Só sei, amigos intelecetuais, que quem estuda muito Foucault, pode um dia "Se Foucault"na vida.

quarta-feira, 24 de junho de 2009

ET...telefone...minha casa...

Oi gente, tudo bem com vocês?
Essa história de comemorar coisas em alguns dias é tão engraçado que hoje se comemora o Dia Mundial dos Discos Voadores. Dá pra acreditar?
Nunca vi um bicho desses e espero nunca ver em outro lugar que não seja a tela do cinema.
Eu adoro E.T. o Extraterrestre, mas morro de medo de achar um por aí. Aliás, morro de medo de ET. Quer me ver com medo? É só colocar a musiquinha do Contatos Imediatos de Terceiro Grau, ou me mostrar uma "foto" de ET. Me escondo debaixo das cobertas até o medo passar.
É aquela velha história de medo do desconhecido.
Aquilo que a gente não conhece causa espanto, surpresa ou horror. Deve ser por isso que algumas pessoas tratam quem é um pouco mais diferente (porque diferente todos somos) como ETs.
Vocês já pararam pra observar os olhares das pessoas quando chega no ambiente alguém em cadeira de rodas, com uma bengala, ou com qualquer deficiência visível? Não é olhar de preconceito, é de surpresa mesmo, talvez de desconforto por ter de conviver com algo que não se conhece, tão perto. A gente faz isso também com pessoas que tem uma deficiência no guarda roupa. É, gente que não sabe escolher roupa, pentear os cabelos e talz.
Porque? Porque é diferente!
Não importa a que tribo você pertence, para as outras tribos você será o extraterrestre.
Claro, pessoas de tribos diferentes podem conviver, ser amigos, trocar experiências. Mas no fundo sempre vai ter alguma coisa, algum aspecto que o outro não vai entender nunca. Porque pros outros, é coisa de outro planeta.
Muita gente acha que gente como eu, como minha mãe, como você que vive com uma doença e é feliz, só pode ser de outro planeta. Porque o normal pra quem tem tristezas na vida (e todos nós temos) é ficar deprimido e reclamando pelos cantos. Quando um de nós coloca as manguinhas de fora e mostra que é feliz, pronto, é de outro planeta.
Na minha cabeça, devia ser o contrário. Afinal, a gente veio aqui pra ser feliz ou o que? Sofrer todo mundo sofre, dor todo mundo sente. Pra mim, anormal é desistir de ser feliz. Desistir de sorrir e de rir da cara do sofrimento. Porque assim como as pessoas, a dor detesta um deboche.
Como hoje é o dia do disco voador, vou ficar olhando pro céu, esperando se alguém vem me buscar, lá do planeta daonde eu vim. Mas sinceramente, eu tenho medo. Medo do que será que vou encontrar por lá, e se não é melhor ficar por aqui mesmo. Afinal, Spielberg e Jesus Cristo escolheram ficar, e se eles não são de outro planeta, não sei quem mais poderia ser.

Até amanhã!
Bjs

Em tempo: Hoje é dia de São João! Já tomei quentão, comi pipoca e pinhão. Só não acendi fogueira porque é perigoso. Como diz na musiquinha: São João, acende a fogueira do meu coração!

terça-feira, 23 de junho de 2009

Um dia de sofá

Oi gente, blz?
Hoje to malzona no sofá de casa. A querida sinusite veio me visitar, como vem em todos os anos.
Ontem pensei que a dor de cabeça era enxaqueca, mas ao acordar com o peso dum piano na cabeça, vi que não podia ser.
Juntei minha carteirinha do plano de saúde, minha identidade, minha mãe e fomos no pronto atendimento. Dei um oi geral, afinal, todos me conhecem lá por causa das pulsoterapias e aguardei o médico.
Adoro consulta-relâmpago. Principalmente, adoro médico que sabe do que tá falando. O cara que me atendeu parecia ter recém saído de um congresso sobre sinusite. Saí de lá com a lista de remédinhos e com a certeza de que ia melhorar.
Às vezes a gente vai no médico e fica pensando 10 vezes antes de tomar os remédios receitados, pensando se o médico realmente sabe do que está tratando. Mas esse tinha tanta convicção ao falar, que me passou confiança.
Certa vez, após uma pulso, fui pra praia com meus tios e primos. No quinto dia eu estava toda empipocada e fui no pronto atendimento lá de Ingleses (em Floripa, lugar liiiindo). Enfim, o médico olhou, olhou e disse que eu tinha uma tal de escabiose.
Pensei um minuto e lembrei que escabiose era sarna. Saí de lá, comprei os remédios, mas ninguém estava acreditando no diagnóstico. Minha tia já tinha visto catapora e achou muito parecido. Eu não acreditei porque o médico era um bocó, não passou confiança alguma. Parecia diagnóstico de "doença padrão". Tipo: quem aparecer aqui hoje e eu não souber o que é, vou dizer que é sarna.
Peguei o busão pra casa, pensando nas 8h de viagem que estava passando sarna pra todos os passageiros, e ao chegar aqui eu tinha o que? Catapora, ou varicela.
Doença de pirralho só pra acabar com a minha temporada de praia. Pior, até hoje a piada é que a Bruna pegou "varisarna" na praia.
Meu sétimo sentido, pra detectar médico bom, funcionou dessa vez. Espero que continue funcionando. Afinal, não basta ser médico, tem que convencer.

Até amanhã!
Bjs

segunda-feira, 22 de junho de 2009

O dia em que perdi o juízo

Oi amigos, tudo bem?
Com essa história de aniversário e tal, me lembrei do aniversário em que nasci de novo. E como envolve a dona Esclerose Múltipla, vou contar aqui pra vocês.
Eu ia fazer 18 anos, tava me achando gente até. Além de ganhar idade, ia perder o juízo, quer dizer, os dentes do juízo.
Para arrumar esse sorriso lindo, ia ter de tirar os 4 sisos (e mais tarde, 4 pré-molares) . Era muito dente pruma boca só. Podia escolher entre tirar 2 de cada vez ou tudo duma vez só. Pensei: se vou ter que ficar à base de creme de ervilha frio, sorvete e iogurte, vou ficar uma vez só. Assim, fui lá no dentista marcar a data da cirurgia, que seria num hospital, com anestesia geral e tal. Que dia ele tinha pra fazer a cirurgia? 18 de junho.
Antes da cirurgia, pedi pro dentista e pro anestesista conversarem com meu neuro.
Dia 18, tudo certo, fui pro hospital fazer a cirurgia.
Lembro de entrar na sala de cirurgia, de dar oi para o dentista e da enfermeira que instalou o soro e disse que eu ia me sentir meio sonol...
Acho que ela disse sonolenta. Depois disso, lembro de acordar bem atordoada, com um tubo desagradável na garganta, numa sala com outros atordoados como eu.
Mas o que aconteceu para que uma simples cirurgia pra tirar os sisos acabasse em parada cardio-respiratória e quase morte?
Burrice do anestesista e do dentista, lógico. O dentista disse que depois da cirugia eu cheguei a acordar e falar com ele. Ele disse que me perguntou se eu lembrava que dia era, e eu respondi que era o dia do meu aniversário. Nisso, ele saiu para avisar minha mãe que estava tudo bem, tinha acordado e só precisava ficar um tempo na recuperação.
A minha sorte foi ter um pai com conhecimento em socorro hospitalar. Senão, nenhum desses textos existiriam hoje. O que aconteceu, foi que o bocó do anestesista não se ligou que um portador de esclerose múltipla tem fadiga muscular, e que o coração é um músculo. O que ele fez: me deu um pré-anestésico, pra que eu senti-se menos, ou qualquer coisa do genêro. Mas a anestesia mais o pré-anestésico deixaram tudo "anestesiado demais". Eu voltei da anestesia, mas a minha musculatura interna ainda não tinha força pra voltar a funcionar plenamente sozinho.
Quando eu tava ficando roxa, meu pai chegou no hospital pra ver como eu estava. E como ele circula livre no hospital, entrou na recuperação pra ter certeza. Ele teve certeza que eu tava morrendo e me entubou. Digamos que tinha doente demais pra enfermeira de menos naquela hora. Enquanto elas salvavam um outro tiozinho na cama ao lado, eu tava pegando o caminho pra eternidade.
Não lembro de nada disso. Lembro que quando acordei entubada eu queria falar, pra saber o que tava acontecendo. O pai tava ali e disse que eu tinha ficado mal, que eu tava com um tubo e não podia falar. Aí ele veio com uma folha de papel e uma caneta, caso eu quisesse escrever. Mas eu tava tão grogue que só lembro de ficar braba porque, obviamente, não conseguia escrever. Não conseguia nem enxergar direito.
Algumas horas depois pude cuspir o tal tubo. Além da dor dos dentes arrancados, a garganta ficou arranhando por uns dias. Nessa época enjoeei de sorvete e iogurte.
Mas toda essa história é pra mostrar pra vocês o quanto a burrice de uma pessoa, que tem a nossa vida nas mãos, pode nos prejudicar. O bocó do anestesista devia ter estudado mais a minha doença, assim saberia como proceder antes e depois da cirurgia. Mas pra que né? Não era a filha dele, não era amiga ou parente dele. Era só mais um paciente. Se morrer, morreu. Imbecil!
Nos meus 18 anos ganhei minha maioridade e minha vida de volta, sem sequelas... ou não... vai saber... hehehe

Até amanhã!
Bjs

domingo, 21 de junho de 2009

Ai que saudade das minhas Havaianas

Oi amigos, blz?
E aí, já puxaram as echarpes e os casacos de lã pra baixo? Claro né, afinal, aqui no Sul tá fazendo frio há um mês. Mas pro resto do Brasil e para o calendário, o inverno começa hoje. Na verdade começou de madrugada.
Como já disse aqui , não sou muito fã do frio não. É a estação da dor nas junta, das várias camadas de roupas, de hibernar em casa.
Ok, tem suas vantagens. Eu consigo caminhar mais tempo do que no verão, demoro mais pra cansar. Em compensação, o frio é tamanho que não dá vontade de sair de debaixo das cobertas. Quem é que gosta de acordar ainda de noite? Sim, porque às 7h é noite ainda.
Outra coisa boa, ou melhor, bonita do inverno, são as roupas. É uma estação mais sofisticada, com suas lãs, luvas, cachecóis e casacos. Uma estação mais européia, eu diria. Entretanto, ninguém olha as ceroulas (aquelas calças de pijama de algodão) por baixo das calças jeans. Fora as brancas, elas sempre tem uma cor estranha: azul calcinha ou bege peidorrero. Não tem nada de chique nisso. E meia calça então. Coisa bem desconfortável. Pior, me dá alergia.
Por isso, no inverno prefiro ficar em casa, parecendo mendigo, daqueles que vão colocando uma roupa por cima da outra, sem ver muito se tá combinando ou não.
Como já disse, o inverno é lindo! Para quem está de férias na Serra, sem hora para acordar e com muito dinheiro para comer sopas e fondues.
Desculpe-me amantes do frio, mas no começo do inverno eu já torço para que ele acabe. O inverno me deprime, com seus dias cinzas, sem cor.
Haja profenid pra dor nos joelhos. Haja lã pra passar o frio. Haja coragem para sair na rua. Haja dieta pra perder os quilos ganhos com chocolates, vinhos e afins.
Vou ficar enrolada no meu cobertor, esperando chegar o dia de andar de Havaianas nos pés, shorts e blusinha.
Até amanhã!
Bjs

sábado, 20 de junho de 2009

Nosso amigo Zé

Oi amigos, blz?
Hoje está fazendo um lindo dia aqui em Passo Fundo. Muito sol, pouco vento, dia ideal para vacinar os pequeninos.
Hoje é o dia nacional de vacinação contra poliomielite, que é uma doença muito séria. É uma infecção grave que pode atingir o sistema nervoso e causar paralisia infantil. Melhor evitar, não é?
Esclerose não dá pra evitar, mas a polio sim.
Pretende-se imunizar 14 milhões de crianças só no dia de hoje. Para isso, colocam em cena nosso amigo, o Zé Gotinha. Quem não lembra dele?
Pra quem não sabe, o Zé tem a mesma idade que eu, foi criado em 1986. Sei de criança que tem mais medo dele do que da vacina, afinal, ele deve ser irmão do Monstro de Marshmallow do Caça-Fantasmas (lembra também, não é?).
Com medo do Zé, ou sem medo do Zé, a vacina é indolor, não tem gosto ruim e no final a criança ainda ganha um balão, um pirulito, um brinquedinho...
Então, se você tem um baby em casa ou conhece alguém que tem, saia hoje com ele pra tomar as gotinhas que salvam vidas.
Como diz a campanha, não dá pra vacilar, tem que vacinar!
Bom, deixando a parte séria de lado, deem uma olhada na definição do Zé Gotinha, da Desciclopédia... uma "descultura" inútil, mas muito divertida:
"Zé Gotinha é um monstro que assusta crianças pequenas, e obriga as mesmas a ingerir gotas de uma substância suspeita, que desconfia-se tenha sido criada pelos Teletubbies para dominarem o mundo. Essa criatura perigosa costuma atacar próximo a postos de saúde do SUS (Sistema Último Suspiro).
Zé Gotinha nasceu em Gotaon City, e é filho de Dona Torneira Pingando (Pai Desconhecido, dizem que essa Torneira deixava qualquer um abri-la, e o liquído fluía solto...) Há indícios de que o atual papa Bento XVI seja o pai do menino. Aos 12 anos, Zé Gotinha fugiu de casa e mudou-se para Jeriquitombeiras do Chão Queimado, no sertão do Piauí, uma cidade muito quente, árida e também seca. Zé Gotinha, em tão adversas condições, acabou sendo evaporado, e passou a fazer parte de uma nuvem, na qual pôde voar alegre, gay e feliz por todo o mundo.
Foi então que Zé Gotinha acabou chovendo sobre a Teletubolândia, onde, segundo fontes confiáveis, entrou em contato com os
Teletubbies e foi convencido por Lala a participar da maligna conspiração Teletúbica para dominar o mundo, na qual está atualmente envolvido."
Até amanhã!
Bjs

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Como será o amanhã

Oi gente bonita, td blz?
Hoje eu não posso deixar de agradecer o carinho de todos que me parabenizaram por comentário, e-mail, scrap, telefone, enfim.
Eu me emociono em saber que tanta gente deseja a minha felicidade. E saibam, eu também desejo muitas felicidades à vocês, sempre! Obrigadão mesmo! Sintam-se abraçados!
Ontem passei o dia pensando em como será o amanhã. Como será meu futuro.
Recebi um e-mail há alguns dias, da Eliane Crivellari de Juiz de Fora, um pedaço dele dizia assim:
"Como vc, também sou portadora de esclerose múltipla. Igualzinho a vc, também adquiri a doença aos 14 anos. Hoje, aos 46 anos, estou em uma cadeira de rodas, mas lhe garanto que não SOU uma cadeira de rodas. Moro com minha mãe e dois gatos, a Capitu e o Onço, que por sinal estão mais uma vez se estranhando lá na cozinha. Sou muito alegre e brincalhona, Bruna, tudo para mim é motivo de gozação. Minha doença está estabilizada, e o meu eterno namorado, o Marcio, está sempre aqui do meu lado, me ajudando em tudo e dando apoio incondicional."
Fiquei feliz por ter mais uma leitora e amiga. Obrigado por dividir sua história com a gente Eliane.
E ontem me peguei pensando nesse e-mail, porque curiosamente, ela tem duas vezes a minha idade e teve o diagnóstico com a mesma idade que eu tive. Fiquei pensando em como eu estarei (no quesito saúde) com 46 anos. Será que vou ter mais lesões? Será que vou estar caminhando? Será...será...será...????
Daí pensei: guria bobinha, tu não sabe nem se vai estar viva amanhã!
Não tenho o costume de pensar em como estará a minha saúde no futuro, confesso que prefiro deixar esses pensamentos trancados numa gavetinha.
Qualquer um pode ser atropelado amanhã, ter um mal súbito, um enfarte, um derrame... sei lá. Mas quem já tem alguma doença, como eu, costuma pensar mais sobre isso. Eu prefiro não pensar de forma negativa, mesmo sabendo que a EM é progressiva.
Se ela é progressiva, eu também sou. E viva o progresso! O progresso da minha vida, dos meus sonhos, das minhas realizações! Ah, e das pesquisas médicas também!
Como será o amanhã? ninguém sabe! Ninguém nunca sabe.
Como diz naquela música: Como será amanhã? Responda quem puder. O que irá me acontecer? O meu destino será como Deus (e eu diria EU) quiser.

Até amanhã!
Bjs

Em tempo: a figura de hoje é do Happy Tree Friends. Se você ainda não viu, veja. Eles sempre se ferram, mas o mundo continua sendo lindo, colorido e fofo. Hehehe

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Deus me disse: desce e arrasa!

Oi amigos, blz?
Há exatamente 23 anos descia ao mundo, para arrasar, eu, essa linda morena que vos fala... hehehehe
Brincadeiras à parte, hoje é meu aniversário. Há 23 anos eu vim ao mundo, pesando pouco mais que duas caixinhas de leite, medindo 46 cm. Olha que bebê mais fofo que eu fui.
Hoje é meu dia de comemorar a vida, de comemorar os encontros e desencontros dela. De rever os planos pro futuro e de lembrar o passado.
Pra mim o dia do aniversário tem um clima nostálgico. Eu lembro de todas as festinhas de aniver que já fiz, de como era bom ser criança, de como foi minha adolescência e do quanto eu gosto de viver.
Como eu adoooooro fotografia, hoje é também o dia de pegar meus muitos albúns e rever a minha vida documentada e impressa. Fiz isso hoje de manhã e achei, junto às fotos do meu primeiro dia de vida, o cartão do quarto 112 do Hospital de Caridade de Carazinho, onde eu nasci. Ali pude comprovar a maior façanha que fiz ao nascer: aumentei o dia em 30 minutos.
Sim, porque na minha ficha está escrito que nasci às 24 horas e 30 minutos. Só no dia em que eu nasci o dia não teve 24 horas, mas sim, meia hora à mais.
Vou consultar um numerólogo uma hora dessas pra saber se isso pode ter influenciado em alguma coisa na minha vida. Vai saber né?!
Nasci de madrugada pra chegar atormentando, tirando médico de casa e não deixando ninguém dormir. Será que é por isso que não durmo cedo nunca?
No cartão tem também o nome das minhas primeiras visitas, que foram minha vovó Vilma e meu tio Néo (que aliás, foi quem viu que o dia não podia ter mais que 24h).
Ontem cortei meus cabelos, pra entrar na idade nova de cabelo novo. Agora vou esperar a vovó Vilma vir com a minha torta de aniversário. Babem, é igual aquela ali da foto.
Ainda não me sinto mais velha, mas hoje vou ficar refletindo sobre mais esse ano de vida.

Até amanhã!
Bjs


quarta-feira, 17 de junho de 2009

Tudo pela ciência!

Oi amigos, blz?
Dias frios pedem um cobertor, uma sopa de capeleti e um vinhozinho, não acham?
Pois é, ontem à noite resolvemos atender a esse chamado do frio e fizemos (eu e a mami) a sopa e abrimos o vinho como manda o figurino.
Fiquei pensando no vinho, aquele líquido cor de... vinho, docinho, que beleza!
Quem "entende" de vinho diz que vinho suave, aquele docinho que parece um suco de uva com alcool, não presta. Mas uma pessoa que fica enfiando o nariz na taça e buchechando com vinho, como se fosse antiséptico bucal, não deve entender muito sobre o meu gosto.
Sim, pode até entender de vinho, mas do que eu gosto ou não, entendo eu.
Bom, eu a-do-ro vinho docinho. Tomo uma garrafa inteira sozinha se deixarem.
Não se preocupem, não pretendo virar alcoolatra, bebum ou qualquer coisa do gênero. Mas que eu gosto da fruta, aaaah eu gosto.
(In)felizmente não tenho amnésia alcoolica, por isso, sei que nunca tentei fazer nada muito louco depois de beber. O máximo que eu faço é rir alto, falar bobagem e dormir. Claro, não bebo quando tomo remédio né.
Lembrei que um dia me perguntaram se eu não ficava mal com a bebida, afinal, não tenho um equilíbrio 100% sóbria... imagine bêbada.
Mas ao contrário do que a maioria das pessoas pensam, quando eu bebo, me sinto menos "desiquilibrada" do que sóbria. Não estou defendendo o alcoolismo, que isso fique claro. Mas que me sinto mais "livre" com um alquinho, é verdade. Não sei se é porque todo mundo fica tonto como eu sou naturalmente, daí eu me sinto "igual" aos outros. Ou se é porque todo mundo se sente super-homem quando bebe.
Para tirar essa dúvida, vou ter que beber mais algumas vezes. Tudo pela ciência!!! Hehehehe

Até amanhã!
Bjs

terça-feira, 16 de junho de 2009

Adorei minha bolsa...

Oi amigos, blz?
Há alguns dias falei da minha bolsa. Não, não era uma bolsa linda de couro, mas uma meia-bolsa de estudos. Recebi alguns e-mails perguntando como funcionava esse benefício e hoje vou contar pra vocês.
Quando eu entrei na faculdade, em 2004 o ENEM não valia grande coisa e não existia Pró-uni. Resolvi fazer faculdade em Passo Fundo mesmo pra ficar em casa, com os cuidados da mamãe e tal. Só que, a Universidade de Passo Fundo, mesmo sendo comunitária no nome, é cara pra caramba. De qualquer forma, a mãe disse que eu podia fazer que a gente dava um jeito pra pagar.
Ainda no primeiro semestre, conversando com um colega, descobri que ele ganhava 50% de desconto na mensalidade porque um irmão dele era dependente por conta de um acidente. Fui atrás pra saber mais sobre isso e lendo o estatuto da universidade, vi que eles davam descontos especiais para pessoas com necessidades especiais e para quem tem, como parente de primeiro grau, alguém com necessidades especiais na família, justamente por ser uma universidade comunitária.
Depois de ler isso, pensei: beleza, vou lá, mostro meus atestados, os atestados da minha irmã e as notas fiscais de remédios, exames, internações e plano de saúde e pronto, eles vão acabar me dando as "passaginhas" pra vir pra aula...hehehe
Claro que eu sabia que não ia ganhar um descontão desses, mas juntei todos os papéis e abri um chamado no setor de bolsas. Um mês depois já ganhei o desconto de 50%. Foi uma mão na roda. Com essa ajuda eu pude investir mais em livros, congressos, etc. Uma das exigências da bolsa era não rodas em nenhuma matéria, o que não foi nenhum sacrifício.
Entretanto, no último ano da faculdade a UPF estava acabando o processo de transição das "bolsas filantropia" para o programa pró-uni. Pelo pró-uni eu nunca ganharia bolsa, porque sempre estudei em escola particular. Certo dia o pessoal do setor de bolsas me chamou lá para conversar.
Juntei as mesmas notas fiscais, atestados e fui lá, com a roupa mais xumbrega e aquela carinha triste. Chegando lá, uma menina duns 2o e poucos anos, recém formada em psicologia (não tenho nada contra quem é recém formado) veio me "entrevistar". Qual foi a primeira pergunta dela? A conversar começou assim: Então Bruna, eu vejo que você tem casa própria, um automóvel, porque não pode pagar a faculdade?
E eu: Bom, moça, graças ao trabalho de 30 anos dos meus pais eu tenho um teto pra morar e como você pode ver nos meus atestados, eu preciso de um meio de locomoção, assim como minha irmã.
Até aí, ok! Mas veio o comentário ótimo:
- Mas depois de quase 4 anos, você não está melhor? E a sua irmã?
- Desculpa moça, não entendi.
- Sim, você não sarou da sua doença, e sua irmã?
Tive que rir. E como eu do risada na hora errada, ri mesmo, mostrando todos esses dentes lindos e brancos. E disse: moça, tu não tá falando sério né? Seria um milagre eu ficar curada duma doença ainda incurável, não é? Melhor, cura para deficiência mental. Você já viu disso?
Ela me olhando com cara de supresa.
E eu: seguinte moça, não sei quem te colocou nessa cadeira aí, mas com certeza você não leu nada do meu processo antes de me chamar. Eu pagaria o dobro do preço da faculdade para não ter EM, e o triplo pra minha irmã não ser dependente, mas dinheiro nenhum melhora minha condição. Então, vou esperar você ler o processo inteiro e me chamar aqui outra hora. Daí a gente conversa de novo. OK?
Ela: desculpa. tudo bem.
Apertei a mão dela, me despedi, e foi assim que eu garanti a bolsa até o final da faculdade. Acho que ela não garantiu o emprego dela desse jeito.
Hoje eu não ganharia nada, porque eles aderiram ao Pró-uni. Entrei na faculdade na hora certa... hehehe
Mas existem alguns direitos do portador de EM, como isenção em impostos, desconto em compra de carro, aposentadoria, etc. É meio que uma compensação, eu acho... eheheh
Por mim não precisaria de nada disso, mas já que existe, vamos aproveitar né gente.
Publicar aqui os direitos daria um texto enoooooorme. Mas quem quiser, eu tenho uma apostila jurídica e posso enviar por e-mail. Mande uma mensagem para esclerosemultiplaeeu@gmail.com pedindo a apostila que eu envio.
Até amanhã!
Bjs

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Todas as cores do mundo

Oi amigos, blz?
Não sei se vocês viram, mas ontem aconteceu em São Paulo a maior parada gay do mundo. Estima-se que 3 milhões de gays, lésbicas, simpatizantes e curiosos tenham participado do evento esse ano.
Mas porque falar da parada gay aqui?
Primeiro porque parece ser bem divertido, toda aquela gente e aquelas cores.
Segundo, porque tem muita gente ignorante que trata a população homossexual como doente.
Sabe aquela história: "Ela tem esclerose? Mas é tão bonita e inteligente" - como se por ter esclerose tem que ser feia e burra.
Pois é, fiquei pensando em quantas vezes escutei, em relação aos gays, os seguintes comentários:
- Ele é gay e é bem melhor que muita gente que eu conheço. (Parece que gay não é gente).
- Ele é gay mas é um ótimo profissional. (Que que uma coisa tem a ver com a outra?)
- Ela é gay mas nem aparenta. (??????)
Você, amigo malacabado, deve ter ouvido comentários desse jeito pra pior, não é?
É incrível o modo como as pessoas reagem àquilo que elas acham diferente (anormal talvez). Primeiro elas se surpreendem com a normalidade da diferença, depois inventam uma "desculpa" para se redimir da surpresa...e como todo conserto de última hora é mal feito, saem esses comentários esdrúxulos.
Sou a favor de direitos iguais à pessoas diferentes, porque felizmente, todos somos diferentes uns dos outros. Tem gente que prefere sorvete de morango, outros de chocolate. Tem gente que prefere o inverno, outros o verão. Tem homens que gostam de mulheres, outros de homens. Tem mulheres que gostam de homens, outras de mulheres.
No fim, é tudo uma questão de escolhas, como eu falei ontem.
Eu não posso escolher não ter esclerose, mas escolho não ser doente. Apenas tenho a doença. Escolho viver, ser feliz e tratar todas as pessoas como únicas, essenciais e especiais. Não escolho nem preto, nem branco, nem azul, nem vermelho. Escolho todas as cores do mundo, porque quanto mais diverso for o mundo, mais bonito ele será!

Até amanhã!
Bjs

Vergonha do dia: alguns heterossexuais (mal resolvidos) atiraram bombas na parada gay. Se não gosta, não vai lá, mas não estrague a festa dos outros.

domingo, 14 de junho de 2009

Você faz suas escolhas

Oi amigos, blz?
Como eu falei ontem, acho que a nossa felicidade depende de nós mesmos. E para chegar a felicidade temos que fazer escolhas, fazer acontecer.
Falando sobre escolhas, vi uma propaganda ótima da Claro (não to ganhando nada pra falar dela) no ar falando sobre isso.
Para quem não viu, conta a história de Wellington Nogueira, idealizador da ONG Doutores da Alegria.
No filme, as imagens contrastam com a locução, estimulando a curiosidade do espectador pelo personagem. As cenas mostram a infância de um menino que quer ser artista e segue por este caminho até se transformar no fundador da ONG Doutores da Alegria, levando diversão às crianças hospitalizadas. O locutor, porém, conta que Wellington sempre quis ser artista, mas sua mãe preferia que seguisse uma carreira segura e ele optou pelo Direito; especializou-se e chegou longe graças a sua seriedade, fundando um escritório muito respeitado. Neste momento, a imagem é a de Wellington alegrando seus pequenos pacientes, com seu traje de trabalho: a roupa de palhaço.
Pois é, nem sempre aquilo que parece certo, seguro, é o que te fará feliz. Provavelmente, se ele tivesse feito direito, seria um advogado medíocre e uma pessoa infeliz. Mas ao invés disso, ele fez acontecer, ele foi atrás do sonho dele.
Como diz o slogan da Claro: você faz suas escolhas, e suas escolhas fazem você.
Então eu pergunto: o que você quer ser? o que você faz para que seus desejos se realizem? o que você faz para crescer e ser feliz?
Eu não sei se vou conseguir o que eu desejo, mas tenho certeza de que estou fazendo tudo que posso, que está ao meu alcance para que as coisas aconteçam.
A gente pode escolher por sair de casa ou ficar, por dormir ou ficar acordado, ler um livro ou ver tv, tomar o remédio ou não tomar, sorrir ou se emburrar.
Uma dica (essa é do Doutores da Alegria): A besteirologia deve ser aplicada diariamente até que o paciente não saiba mais como ficar triste. É remédio para a vida toda.
Divirtam-se! Acho que tá aí o segredo para ser feliz: fazer escolhas na vida que te tragam diversão. Tristezas na vida são inevitáveis, mas se há coisas que podemos escolher e escolhemos sofrer, aí é burrice.
Frase do dia: você faz suas escolhas, suas escolhas fazem você!
Curta o vídeo:


Até amanhã!
Bjs

sábado, 13 de junho de 2009

Uma folga para Deus

Oi amigos, blz?
Hoje é o dia de Santo Antônio. O santo dos pobres e casamenteiro. Toda solteirona que se preze já fez pelo menos uma simpatia à Santo Antônio.
Enquanto eu almoçava, via na tv uma repórter que estava na Igreja de Santo Antônio em Porto Alegre, e ela ia perguntando pras pessoas porque eram devotas, qual sua história e tal.
Primeiro uma senhora que não caminhava e enxergava mais, disse que depois de rezar pro santo, ficou boa. Ora, eu não rezei pra nenhum santo específico e também voltei a caminhar e enxergar. Eu devia ter feito uma promessa do tipo: se eu voltar a caminhar, prometo rezar 10 ave marias no Vaticano. Assim, além de ficar boa, ia pra Europa.
Até aí, tudo bem. A gente sabe que quando se fica doente se negocia com todos os santos do mundo.
O que eu achei engraçado mesmo foi uma moça que estava com o, agora, marido. Ela disse: eu já gostava dele, daí rezei pra Santo Antônio, pra que, se fosse a vontade de Deus, eu namorasse ele.
Veja bem, "se for a vontade de deus". Posso estar errada, mas na minha cabeça, a vontade de Deus é que sejamos felizes. Agora, você namorar alguém ou não, depende da sua própria vontade.
Acho bonito ter fé, seja lá no que for. Mas esperar a vontade de deus ou do santo para ser feliz, é demais pra minha cabeça.
Já vi muito esclerosado fazendo novena à Santo Expedito, rezando missa pra Santo Antônio, esperando que o santo trouxesse melhoras, mas tomar remédio direito, ir no médico regularmente e fazer exercícios que é bom, nada. Pô, não há santo que cure desse jeito!
Eu gosto muito duma historinha que conta que certa vez houve uma enchente que arrasou toda uma cidade. O nível da água subira tanto que os moradores começaram a abandonar suas casas, utilizando botes e canoas para isso. Um homem que dizia acreditar muito em Deus subiu no telhado de sua casa e ficou lá, esperando a enchente acabar. Enquanto ele esperava, passaram uns vizinhos numa canoa que lhe disseram: -Vamos, depressa, venha conosco, se não você vai morrer! E ele respondeu: -Não! Deus me salvará!
O nível da água subiu mais um pouco, alcançou a altura do telhado em que estava o homem. Eis que passou uma outra canoa em que muitas pessoas gritavam: -Venha rápido! Você vai morrer! E ele novamente respondeu: -Não! Deus me salvará! A água já estava cobrindo o telhado quando passou um helicóptero que tentava resgatar vítimas. O helicóptero ficou parado sobre a casa e uma corda foi lançada para resgatar o homem. Alguém no helicóptero gritou: -Rápido! Segure a corda para que possamos salvá-lo! Mas novamente o homem respondeu: -Não! Deus me salvará!Por fim, o homem morreu afogado, levado pelas águas da enchente. E foi para o Céu. Ao chegar no Céu, ele se encontrou com Deus e disse: -Oh! Deus, eu acreditava tanto em você! Por que você não me salvou? E Deus respondeu: -O quê? Você nem imagina como foi difícil arrumar duas canoas e um helicóptero para tentar salvar você...
A historinha ilustra bem o que eu vejo nessas pessoas que vivem fazendo promessas à Deus e aos santos. Esperam tanto que a felicidade venhas das mãos de deus que não fazem nada e não percebem as oportunidades que aparecem todos os dias na vida. Aposto que esse monte de solteira que tá fazendo promessa pra santo Antônio perdeu horas preparando uma oferenda, comprando um santinho, e nem olharam para os homens maravilhosos que passaram por elas nessas horas. Assim como o homem da enchente, o "desespero" cega as pessoas, e a fé cega não leva ninguém à lugar algum.
Então, amigos que gostam dos santos, continuem rezando, mas deem uma folga pra deus, e deixem os santos e deus se ocuparem em salvar almas perdidas. Vamos fazer o nosso trabalho, porque a nossa felicidade não depende de deus, depende de nós mesmos.

Até amanhã!
Bjs

Em tempo: hoje é niver do meu amigo Walkei Antônio (sim, ele é Antônio por causa do santo). Parabéns Walkei! Bjs!

sexta-feira, 12 de junho de 2009

Uma prova do amor eterno

Oi amigos, blz?
Dia dos namorados:é hoje! Dia de aproveitar com seu amor. E para os solteiros, dia de curtir, quem sabe achar alguém legal, ou dia para ver um filme daqueles de fossa com um pote de sorvete...hehehe
Hoje vou contar um episódio de uma história de amor de 56 anos, para mostrar pra vocês porque eu acredito em amor eterno.
Ontem fui almoçar na casa da minha avó, porque além de ser feriado, era aniversário da minha mamãe. Após o parabéns pra você e a mami apagar as velinhas, o vô veio falando:
"amanhã é o dia dos namorados né? Será que essa minha baixinha merece um presente?"
Enquanto a vó resmungava que era ele que tinha que saber se ela merecia ou não, ele apareceu com um pacote nas mãos e com lágrimas nos olhos e a voz embargada disse: era pra amanhã, mas vou dar hoje. E deu o presente pra minha avó, desejando um feliz dia dos namorados. Ficamos todos emocionados. Meu meu avô não é uma pessoa de mostrar muito as emoções. Mas quando ele ama, é de verdade.
A melhor parte da história é o presente. Ele deu pra ela uma boneca, dessas bonecas antigas de porcelana, com vestidos finos, de chapeuzinho e sombrinha na mão. Linda!

Aí alguém pode perguntar: mas uma boneca pra uma senhora de 76 anos? Que utilidade tem?
Sim, uma boneca. Porque ele presta atenção em tudo nela, e viu o quanto ela achou essa boneca linda num dia em que eles saíram passear. É por isso que eu acredito num amor pra toda vida. Amar é também prestar atenção, é agradar, mesmo que o agrado pareça meio sem propósito, ou sem utilidade.
Amar é ter a sensibilidade de entender a outra pessoa por dentro.
E daí que ela não brinca de boneca? Ela nunca teve uma dessas quando era criança. E mesmo com 70 e todos anos, meu avô teve a sensibilidade de realizar um sonho. Um gesto simples que mostra o quanto eles se amam.
Cresci vendo esses dois se "cutucarem" e resmungarem um com o outro. Acho que amar também é saber que o outro está ali. Nem que seja alguém pra resmungar junto. Pra implicar.
Também vi o quanto meu vô ficou "perdido" nas vezes em que a vó adoeceu. E nessas horas percebi o quanto um preza a companhia do outro.
Amar é cuidar, é estar junto, é prestar atenção, é não perder o encanto, a sensibilidade, a paixão e a emoção mesmo depois de 56 anos. É emocionar-se por fazer o outro feliz sempre.
Não acredito em conto de fadas e seus príncipes. Mas acredito em amores reais como esse, que faz chorar e faz sorrir, que dá frutos e que serve de exemplo pra nós, românticos que acreditamos no amor.

Obrigado vovô Manoel e vovó Vilma (são esses da foto à direita) por serem esse exemplo de casal que se ama. Vocês são a prova viva que o amor verdadeiro existe!
Até amanhã! Muito amor à todos!
Bjs

quarta-feira, 10 de junho de 2009

Vamos falar de... sexo?

Oi amigos, blz?
Hoje vamos falar dum assunto mais sério, mais quente e que também está presente no namoro (em alguns): o sexo.
Sim, porque esclerosado também faz sexo (graças a deus), quando arruma alguém que queira.
Não sou nenhuma especialista no assunto, mas se na MTV colocam duas "coió" a falar sobre sexo (aquele programa podsex... é engraçado), me torno quase uma autoridade no assunto.
Como vocês já sabem, o esclerosado tem problemas de fadiga e fraqueza muscular. E para fazer sexo, a musculatura é imprescindível. Mas e aí? Como ficam os malacabadinho esclerosado nessa hora?
Bom, primeiro eu não preciso nem dizer que existem diversas "formas" de sexo, e que todo mundo acaba se virando né?
Disfunção sexual é uma coisa séria, mas não é só assunto de esclerosado, porque todo esse povo de meu deus corre o risco de ter um dia algum tipo de disfunção sexual.
Entretanto, o esclerosado acaba tendo disfunções sexuais causadas pela doença. Sabe né, pode faltar força pra levantar, ou pra segurar, enfim...
Mas a maioria das disfunções são causadas por problemas psicológicos, como a depressão. As pessoas depressivas costumam perder o interesse sexual. Fora isso, quando alguém é diagnosticado de uma doença, perde um pouco da confiança em si, e isso também traz problemas na hora do rala e rola.
Eu nunca tive sérios problemas nessa ordem por causa da esclerose ou qualquer outra coisa. Não posso mentir e dizer que nunca tive cãibra naquela hora. Mas sinceramente, na hora não se sente a dor...ela vem depois...hehehe
Fazer sexo prum esclerosado cansa tanto quanto qualquer outra atividade física. Pra isso, o "personal trainner" que tá junto contigo tem que dar uma ajudinha.
Sei que pros meninos existem problemas mais sérios, como disfunção erétil. Mas não se preocupem, meninos e meninas, pra tudo na vida dá-se um jeito. Existem diversos tratamentos com remédios, exercícios (fisioterapia) e terapia (psicológica) pra que a coisa funcione direitinho sempre.
Se você tem algum problema na hora H, converse com seu neurologista, não tenha vergonha. E também não tenha vergonha de conversar com seu parceiro(a) (Vocês sabem, homem adora discutir a relação...hehehe) porque se ele tá ali contigo, ele vai entender e tentar ajudar. Se ele não ajudar, manda ele pastar também, porque daí o problema não é o sexo, é ele.
Ah, só sinto lhes informar que aquela "rapidinha" é um ato meio difícil para nós, esclerosados. Afinal, a musculatura das pernocas demora um tempinho pra se recuperar. Então, o negócio é ir com calma e tranquilidade. Mas não precisa ser lento como o sexo tântrico. Porque desse jeito ao invés de cansar os músculos, vai cansar o cérebro.
Acho que era isso amigos. O tema dá pano pra manga...mas também não vou ficar aqui falando, falando, antes que vocês pensem que eu sou um tipo de depravada né.
Então, bóra curtir a vida, sem esquecer de se proteger sempre!
Até amanhã!
Bjs


sábado, 6 de junho de 2009

É pra lá que eu vou!

Oi amigos, blz?
Hoje tive aula da pós de novo. E como sempre, as aulas me dão idéias de textos pra vocês.
A prô de hoje se puxou pra me dar um assunto "mara"!
A aula era sobre planejamento, e ela pediu em um exercício que nós definíssemos a Missão, Visão e Valores de uma empresa, detalhe, a empresa não era nada mais nada menos que o Cemitério Campos Verdes (hipotético claro).
A turma, que não é muito quieta, chegou a parar nessa hora. Sim, porque a gente tá acostumado a lidar com empresas de varejo, produtos, serviços, mas serviço de sepultamento era algo novo para todos nós.
Há alguns dias contei a história contada sobre a morte (leia aqui ). E hoje pensei novamente nesse tema: a morte. Ela me persegue...hehehe
Mórbido né? Mas é a única certeza que temos é essa: um dia vamos morrer!
Eu não tenho medo de morrer. Tenho medo que as pessoas que eu amo morram. É um pensamento meio egoísta, porque eu quero mesmo é que elas fiquem comigo, do meu lado.
Discutindo (no bom sentido), vimos que não estamos preparados para lidar com os consumidores do cemitério. Como disse uma colega, a gente não pode oferecer qualidade de vida...hehehe. E dizer que a missão do cemitério é existir um lugar para você enterrar seu ente querido... é verdadeiro, mas estranho.
A verdade é que um dia nos deparamos com a dona morte, e não adianta brigar com ela. É o trabalho dela te levar. No livro que a morte conta, ela diz que as pessoas com a alma tranquila não são difíceis de carregar, elas esperam a morte chegar e quando ela chega, vai embora de mãos dadas com ela.
Mas como fazer pra ter uma "passagem" tranquila? Acho que o segredo está em viver bem cada dia de nossas vidas.
Viver cada dia como se fosse o último, aproveitando cada minuto. Ou viver cada dia como se fosse o primeiro, com a curiosidade e o ânimo de quem está começando.
Afinal, como disse minha amiga Cátia: Cemitério Verdes Campos, é pra lá que eu vou!
hahahaha
Sim, todos vamos para lá. Não podemos optar por não ir. Mas podemos escolher como chegar lá.

Até amanhã!
Bjs

sexta-feira, 5 de junho de 2009

Acreditem nas crianças

Oi amigos, tudo blz?
Um dos grandes problemas de ter diagnóstico na adolescência é que as vezes, nem os médicos acreditam na gente. Quando eu tinha uns 15 ou 16 anos fui num médico, que admiro e respeito (hoje) mas já odiei de morte porque ele não acreditou em mim.
Aconteceu o seguinte, ouvimos falar de um grupo de pesquisa em EM na PUC, e fomos procurar o médico responsável. Marquei consulta e fui lá. Ele desconfiou que não fosse EM e sim deficiência de vitamina b12. Fizemos todos os exames, me viraram do avesso e constataram que minhas vitaminas estavam todas muito bem organizadas.
A única coisa que eu tinha era uma ressonância com 3 lesões e todos os sintomas de um esclerosado. Ele chegou a conclusão nenhuma, mas me deu interferon, porque, na cabecinha dele eu tava caçando sarna pra me coçar. Claro né, todo mundo quer ter uma doença e tomar um medicamento injetável todos os dias (dããã).
O doutor (com doutorado) não acreditou em mim. Ele fazia e refazia os testes pra ver se eu "parava de fingir" o que eu tava sentindo. Sei lá, achou que era coisa de criança problemática que inventa doença. Eu fiquei tão braba aquela vez. E olha que até eu tenho medo de me ver braba.
Pois é, essa foi minha péssima experiência com ele. Voltei pro meu médico, de onde nunca devia ter saído. Por isso eu digo gente: acreditem nas crianças (adolescentes). Até porque a criança cresce e pode contar pra todo mundo na internet sobre o que você fez...hehehehe
Reconheço o trabalho dele como pesquisador, e tenho certeza de que ele é uma peça chave na busca da cura da EM. Também sei que ele é um ótimo médico. Mas eu não voltei lá. Como já disse, não gosto de médico que trata de exames. Gosto de médico que trata de gente. Que olha pro paciente e leva ele à sério.
Até amanhã!
Bjs

quinta-feira, 4 de junho de 2009

Eu confesso!

Oi amigos, blz?
Vou fazer uma confissão da qual não me orgulho muito: eu faço automedicação.
Tenho alguns remédios receitados para quando tenho algumas dores: Naramig - enxaqueca, Biprofenid - dor "nas junta", Mioflex - dor muscular. Então, tomar eles de vez em quando não é automedicação para mim.
Mas quem nunca tomou uma aspirina pra dor de cabeça que atire a primeira pílula. Sim, eu tomo uma aspirininha de vez em quando. Lembrei desse tema hoje porque, com o nariz escorrendo, dor no corpo e estado febril, a gente não resiste a um antigripal. Ontem tomei um, e depois de uma noite de sono (muuuito sono), acordei muito melhor.
Vejam bem, não estou defendendo essa atitude. Mas vamos combinar né, quem é que vai ir ao médico porque tá resfriado? Eu não vou. O grande problema de ser irresponsável como eu, é que, como dizia um tal de Paracelso lá no século 15, "a dose correta é que diferencia um veneno de um remédio".
Muitas vezes, tomando um remedinho que a gente acha que vai fazer bem, acabamos piorando o que já tínhamos. A Associação Brasileira das Indústrias Farmacêuticas diz que por ano, 20 mil pessoas morrem por causa da automedicação. É muita gente!
Mas porque que mesmo sabendo disso eu me automedico? Simples, porque todos os anos eu tenho as mesmas doenças (gripe, sinusite) e todo ano, quando vou no médico, ele dá o mesmo remédio, e porque eu não mudei nenhum dos remédios que eu tomo diariamente. Assim, eu economizo meu tempo e o tempo do médico. Mesmo assim, eu sei que não devia.
Também, quem é que resiste às propagandas de remédio? ehehehe Esses publicitários são tudo sacana (ouço isso quase todos os dias).
Meus colegas publicitários vão querer meu couro por essa declaração, mas eu acho que propaganda de remédios devia ser proibida. Sim, porque se não se pode fazer propaganda de cigarro porque ele mata, remédio tomado em dose errada ou por pessoas alérgicas aos componentes, mata mais que o tabaco.
Bom, como a maioria dos esclerosados tomam alguma outra medicação (imunomoduladores, antidepressivos, etc.), não se deve tomar nenhuma medicação antes de perguntar para o médico. Porque os componentes de um, podem anular ou potencializar o outro, daí já viu né, o corpitcho vira um carnaval.
Prometo ir ao médico no próximo piripaque que eu tiver.
Ah, e tem que ir no médico mesmo. Porque o tio da farmácia às vezes não é farmacêutico, e mesmo que seja, só seu médico tem o seu histórico e sua ficha completa.

Até amanhã!
Bjs

quarta-feira, 3 de junho de 2009

Um segredinho

Oi amigos, blz?
Vocês já leram O Segredo? Eu não, e nem tenho vontade (sabem né, autoajuda não é minha preferência). Mas de tanto ouvir falar sei que trata-se sobre o uso da energia positiva na vida.
Tenho certeza de que ficar sentada em casa pensando positivamente em ganhar dinheiro não vai me trazer dinheiro. Mas trabalhar com pensamento positivo vai me trazer alegria e dinheiro também.
Há alguns dias contei sobre a saga do meu gatinho doente e que com "energia positiva" ele ficou bem.Nesses dias frios e cinzas é mais fácil da energia da gente ficar meio "down", mas aí a força de vontade entra em ação.
Hoje tive um perrengue com um "ser" aí que tem o dom de me irritar. Quem é não vem ao caso, mas como minha mãe diz: -minha filha, não fica com raiva, isso vai fazer mal pra ti. O "outro" deve estar muito bem obrigado agora, já tu tá toda alterada aqui em casa.
É a mais pura verdade. Energia negativa deixa a gente doente.
Como estou meio resfriada (aquela coisa linda de nariz escorrendo e dor no corpo), não posso me dar o luxo de ficar irritada ou com raiva de ninguém. Daí sim, meu resfriado vira gripe e eu fico mal de verdade.
A verdade é que felicidade atrai felicidade, alegria atrai alegria, sorrisos atraem mais sorrisos. E o contrário também é verdadeiro: tristeza atrai tristeza.
Às vezes fico pensando nessas pessoas mais velhas que vivem sozinhas ou em asilos, abandonadas. A nossa primeira reação é pensar "pobrezinho, que filhos e netos desalmados abandoram eles aí". Mas depois eu penso: o que será que essas pessoas fizeram para conquistar (ou perder) o amor da família?
Sim, eu sei que tem gente ruim mesmo que abandona os vozinhos nos asilos. Mas também tem gente ruim que abandona os filhos, a família, etc, por mais que a família lhes dê amor.
A gente colhe o que planta.
Por isso, vou contar pra vocês um segredo (nem tão segredo assim): Não dá pra querer colher laranjas suculentas quando plantamos erva daninha. A erva daninha pode até crescer mais rápido, mas não alimenta ninguém.
Vamos lá amigos, energia positiva sempre! Ações para o bem sempre! E distância dos "coisa ruim", por favor, porque uma coisa atrai outra. É melhor ficar longe do que brigar quando está perto, não é?
Até amanhã!
Bjs

Em tempo: sim, já me acalmei...mas continuo querendo distância dessa criatura que me irrita.

terça-feira, 2 de junho de 2009

Lutar...sem perder a ternura

Oi amigos, blz?
Assim como eu, todos vocês já sabem do acidente com o avião da Air France. Gostaria de dizer aqui que sou solidária à dor das famílias que perderam pessoas muito importantes à elas. Vamos orar pelos que ficaram, esperando que seja desvendado o que causou esse acidente.
Uma pequena observação: é nessas horas que acho "bom" não ter dinheiro sobrando. Já imaginou se eu fosse rica e quisesse conhecer a primavera em Paris? Sendo pobrinha eu só fico no desejo, mas fico segura.
Outro "desastre" que fiquei sabendo ontem: Susan Boyle (aquela que eu falei aqui esses dias), não ganhou o prêmio final do Britain’s Got Talent. Quem ganhou foi um grupo de dança.
Sim, ela provavelmente vai ter um contrato e muitos shows para fazer agora. Mas perder a disputa foi um golpe grande para ela. Susan Boyle foi internada em uma clínica com esgotamento físico e mental.
Ninguém gosta de perder. Essa história de "o importante é competir" é balela. O importante é ganhar ou saber perder. Mas quem vai à luta sem querer vencer, já perdeu.
O corpo da gente é muito frágil, e a auto cobrança, o stress de uma competição, a cobrança dos outros, podem deixar a gente doente. Meu médico já disse que eu tenho que ser menos auto crítica, menos exigente comigo, senão vou estar sempre "surtando".
Foi o que aconteceu com a dona Susan Boyle. Ela se cobrou tanto que o corpo não aguentou. É por isso que eu não vou aos palcos expor minha beleza e meu talento...hahaha. Olha o risco que eu corro.
Porque eu me cobro tanto? De chata (e nerd) mesmo. Minha família nunca me cobrou perfeição em nada, não tenho nenhum trauma que tenha feito com que eu seja tão metódica. É de nascença mesmo. Nos últimos anos melhorei muito. Mas se eu pego alguma coisa pra fazer, tem que ser bem feito do início ao fim, senão, nem começo a fazer. Ô gentinha difícil!
Mas aconselho vocês, meus amigos, a serem mais tranquilos, menos exigentes, menos intransigentes, porque assim vocês terão menos stress e correrão menores riscos de ter algumas doenças, gastrites e enxaquecas. Aliás, o stress já é uma doença.
Pobrezinha da Susan, como diz a música que ela cantou, "os tigres vêm a noite, com suas vozes suaves como trovão, enquanto eles despedaçam sua esperança."
Nem sempre a gente ganha, mas entramos na luta para ganhar sempre. Se perdermos, paciência. É só levantar e pedir a revanhce.

Até amanhã!
Bjs

Previsão do Tempo: hoje está mais frio que ontem. A sensação térmica é de 5 graus negativos na minha cidade, em algumas cidades da serra, a sensação térmica é de 24 graus negativos. Ontem nevou. Hoje o dia está com cara de neve. Mas, como diz meu amigo Alisson (parabéns pelo teu niver nesse dia friiiio), frio é psicológico! ehehehhe

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Congelando

Olá meus amigos, tudo bem?
Hoje começamos o mês mais frio do ano. Ainda não é inverno mas os termômetros marcam 8 graus lá fora, com um vento de "renguear cusco" como se diz por aqui. Começa também o meio do ano. Sim, piscamos o olho e daqui a pouco já é natal.
Mas não vou pedir ainda os presentes de natal, porque esse mês também tem duas datas interessantes para se ganhar presentes: dia dos namorados e meu aniversário.
Por conta do dia dos namorados, estou preparando alguns textos sobre relacionamentos, namoros e a vida sexual do esclerosado (ui!). Por isso, se você tem algum causo para contar, mande para o e-mail do blog: esclerosemultiplaeeu@gmail.com
Ah, esse mês também é tempo de festa de são joão. Adoooro festa junina. Já fiz algumas festas de aniversário com essa temática e o cardápio pinhão, quentão, pipoca e rapadura. Podem me convidar pra esse tipo de festinha que eu vou...hehehe
Bom, por ser o mês mais frio do ano, é também o mês da "dor nas junta" (leia aqui ). É o mês de tomar litros de chá e do mocaccino que a Regina nos deu a receita (veja aqui , é uma delícia!). É o mês de beber muito vinho, comer sopinhas, fondue e de ver filminho enrolado no cobertor. Se antes eu precisava perder alguns vários quilos, depois desse mês vou precisar perder alguns muitos...hehehe Também é o mês em que o nariz quando não está entupido, está escorrendo. Lindo!
É, frio assim só é bonito pra quem não precisa acordar cedo e ir trabalhar ou ir à aula. Só é gostoso se você está de férias, de preferência em uma pousada na serra esperando nevar. Este ano, como não estou trabalhando fora, vou me dar o luxo de dormir mais um pouco de manhã no inverno.
Mas muita gente não pode fazer isso e para piorar, não tem agasalho o suficiente para sair na rua. Por isso, peço aqui mais uma vez que todos colaborem com a campanha do agasalho. Os postos de recolhimento estão, normalmente, nas escolas e supermercados. Eu sei que para quem mora em lugares quentes, é meio difícil imaginar o quão frio é isso. Pense assim: de manhã cedo, a grama fica coberta por uma camada de gelo (a foto à direita é aqui da minha cidade). Estamos congelando!

Mudando de assunto, mais uma utilidade pública:

Reunião sobre EM - Porto Alegre
Data: 06.06.2009 - sábado - 15horas Local: Salão de eventos do Parque Gigante (Estádio Beira Rio)
Palestrante: Dr. Márcio M. Barreto
Pontos principais da reunião:
-Estudo CAMMS 324 (Alentuzumab)
-Liberação na ANVISA do Tisabri
-Falha terapêutica
-Falta de medicamentos

Infelizmente não poderei ir. Mas vou me informar sobre os temas da reunião pra falar para vocês, principalmente sobre as medicações.

Até amanhã!
Bjs