sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Preconceito?

Oi amigos, blz?
Quando eu falo que a maioria das pessoas tem preconceito com o que é diferente, e, principalmente, com doenças, tem gente que não acredita. Acham que eu tô inventando história e blablabla. Pois bem, olhando uns vídeos de propaganda que tinha no meu pc, achei a prova de que a maiorida das pessoas são preconceituosas sim.
O vídeo abaixo, feito pelo ministério da saúde há alguns anos, mostra uma estação de trem, onde eles colocaram em uma das cadeiras uma folha dizendo: aqui sentou uma pessoa com AIDS.
Todos sabemos que AIDS não se transmite pelo toque, pelo ar, por um aperto de mão. Sentar em uma cadeira onde sentou alguém com AIDS não tem nada demais. Mas, para a maioria das pessoas parece ter. Muitas preferem ficar de pé a sentar-se no banco onde alguém com AIDS se sentou.
Preconceito não existe?
Então porque a gente conta pros colegas de trabalho que tem EM só depois de provar que o trabalho que a gente faz é bom?
Eu sou bocuda e falo na cara dura, na entrevista de emprego. Mas a maioria das pessoas não. E não é por vergonha, mas por medo do preconceito, e por preconceito de si próprio. Por medo de como as pessoas vão te tratar.
Eu já vivi na pele a situação de ser tratada de um jeito enquanto pensavam que eu era "normal" e o tratamento mudar completamente ao saber que tenho EM, doença que nem transmissível é.
E é por isso que, quando alguém me diz que hoje em dia preconceito não existe, eu proponho uma troca de papéis. Proponho que a pessoa ande algumas horas pelas ruas usando uma bengala. Ninguém aceitou essa troca ainda. Mas espero que pensem mais sobre isso.
Aproveitem o vídeo:


Até amanhã!

Bjs

4 comentários:

  1. Oi, linda. Acho que somos bem parecidos no quesito "assumir" uma característica, digamos, diferente. Sou portador do vírus da hepatite C (ou pelo menos era, já que o último exame deu negativo após certo período de tratamento). Ao tomar conhecimento da infecção mandei um e-mail para os amigos e conhecidos, e falo abertamento sobre o caso. Por que não? É lógico que isto serviu para sentir na pele algum preconceito. Você já notou que as pessoas não sabem lidar com o próprio preconceito? Juram que não são preconceituosas, provavelmente por vergonha, mas evitam o mínimo contato e destilam idéias e opiniões preconcebidas. Vá entender... Tem seu lado bom: a gente aprende quem é de fato amigo e quem só faz pose. A propósito, acabo de ler uma matéria na Folha e lembrei-me de você. Clique aqui: http://www1.folha.uol.com.br/folha/equilibrio/noticias/ult263u683164.shtml.
    Talvez já seja de seu conhecimento, mas não custa informar, né?
    Beijão.

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  2. Oi Rogério, obrigado pelo seu relato. E fico muito feliz que seu último exame tenha tido um resultado tão bom. Realmente assumir o próprio preconceito é muito difícil. Obrigado pelo link, gostei da novidade.
    Bjs

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  3. Ah Bruna, preconceito?! Acho que entendo um pouquinho... Sou homossexual e acompanho seu blog desde maio, mas havia preferido não me manifestar. Minha companheira foi diagnosticada em outubro de 2008, já morávamos juntas e eu que acompanho o tratamento e faço a aplicação das injeções de Rebif 3x por semana... E digo, ser assumida no nordeste e casada com alguém "malacabado" não é nada simples. Só o amor nos faz viver de forma leve apesar das complicações... Eu moro há 3.000 km da minha família e a dela finge nem saber o que temos, mesmo depois de tanto tempo... É difícil, mas vale à pena!
    Parabéns pelo blog! É muito bom ter alguém como você para ler e ter uma idéia do que pode causar essa doença e ver que, apesar de tudo, dá pra se viver bem e feliz SIM!
    Beijos! (vou manter o anonimato por achar desnecessária a exposição, mas caso queira conversar me passe seu e-mail aqui)

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  4. Eu imagino que seja bem complicado mesmo, amiga anônima. Mas é isso aí, o amor é capaz de passar por tudo, não desista que vale a pena. Obrigado por ser parceira aqui do blog. Qq coisa, meu e-mail é bruna.rochasilveira@gmail.com
    Bjs

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