segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Onde está a felicidade

Oi gentes, blz?
Há alguns dias foi comentado aqui no blog que cada pessoa é uma pessoa e não podemos generalizar. Concordo, ninguém é igual a ninguém, e dou graças a isso. Seria muito chato se fôssemos todos iguais.
Mas generalizo no sentido de que todos podemos ser felizes. Porque se uma pessoa tem essa capacidade, é porque todos tem. Alguns mais, outros menos, mas todos tem.
Fiquei pensando sobre isso. Sobre quem tem EM, ou qualquer outra doença e/ou deficiência ter de ser herói.
Não acho que devemos ser heróis. Devemos é tentar passar pelas dificuldades da melhor forma possível. Porque vai ser bom pros outros? Não, porque vai ser bom pra gente.
Cada um tem seu tempo pra aceitar as dificuldade que a vida nos traz. Cada um tem seu jeito de passar por elas. E independentemente de que jeito seja isso, o importante é nos sentirmos bem, plenos, felizes. É não acharmos que somos vítimas da vida. Gente, todo mundo tem problemas nessa vida. E não acho que a minha EM seja mais "importante" que a dor de cabeça da minha vizinha. Simplesmente porque a dor dela, é dela, e só ela sabe o que é senti-la.
Nós, esclerosados desse mundo, sentimos muitas coisas em comum. Muitos sintomas parecidos. E pelo que eu vejo, a grande maioria está encarando a EM como mais um fato da vida. São pessoas que buscam ser felizes, seja lá o que for a felicidade para cada um.
Para mim, ser feliz é sentir-me bem com quem eu sou, com o que faço e com aquilo que tenho. Nisso incluo a aceitação da EM e o amor da minha família. E sendo feliz, busco coisas que possam aumentar meus momentos de alegria e minimizar as minhas tristezas e medos, que obviamente, existem.
Ontem escutei uma frase que achei fantástica, e que fechou com o que eu estava pensando: a felicidade não é algo inalcancável, ela está onde a colocamos.
Se eu colocar a minha felicidade na cura da EM, ou numa vida sem nenhum sintoma dela, provavelmente, não seria feliz. Mas como a minha felicidade está em mim, e não em uma coisa externa, posso dizer com todas as letras que sou feliz.
Quando escrevo aqui, não é para minimizar o que é a EM e o que ela nos traz, mas para mostrar que é possível viver com ela e ser feliz. E como eu não sou nenhuma super-mulher com poderes mágicos, acredito que assim como eu, todos podem ter a felicidade dentro de si. Espero que todos a encontrem um dia.
Até mais queridos!
Bjs

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Espelhos da alma...

Oi gentes, blz?
Estou aqui, enxergando mal pra caramba. Fui fazer mais exames de visão, e dessa vez, dilataram minha pupila. Detesto ficar assim. Mas tinha que vir contar as novas experiências oculares.
Primeiro fiz um a Paquimetria Ultrassônica (para medir a espessura da córnea). Só o nome já assusta né? Bom, depois de pingar aquele colírio anestésico, deitei numa maca pra fazer o exame. Tenho horror a qualquer coisa perto do meu olho. Não sei se vocês viam Friends, mas quem via deve lembrar do episódio em que a Rachel precisava fazer um exame nos olhos mas não deixava nada chegar perto do olho. Sou mais ou menos assim. Só eu toco no meu olho. Pois bem, o tal do exame era tipo uma canetinha que tocava no olho aberto (claro que eu não sentia nada, tava anestesiado), e cada vez que tocava fazia um barulhinho tipo video game antigo. Com o nome de ultrassônico e aquele barulhinho, pensei na hora que a moça que fazia o exame tava era jogando Tetris no meu olho, e quando o barulho ficava mais rapidinho, é porque tinha formado uma linha... hehehe
Deixando a viagem na maionese de lado, dilataram a minha pupila pra fazer uma Retinografia, que é uma foto do fundo do olho. Eu já tava enxergando mal quando a médica colocou uma luz forte no meu olho e disse: tá vendo essa varetinha? Olha direto pra ela e arregala os olhos. Eu fiz isso na primeira vez, quando soltou um flash absurdo dentro do meu olho. Cruzes, que desagradável. Depois ficou mais difícil. Meu olho mal abria depois da luz.
O bom de tudo isso, é que cada exame demorou no máximo 10 minutos. Desagradável, porém rápido. Bem melhor que a ressonância que vou ter que fazer mês que vem.
E agora, vocês já sabem mais ou menos o que esperar de um exame desses quando o médico pedir.
Como disse semana passada, espero que os resultados digam que tá tudo OK com os meus olhos.
E se os olhos são os espelhos da alma, depois desses exames vai dar pra ver até minha alma nua... hahaha
Até mais!
Bjs

Como alguém ousa?!

Oi gentes, blz?
Ontem, lendo o jornal, tive duas boas surpresas que divido agora com vocês.
A primeira, foi a notícia de um festival de cinema sobre deficiências: Assim Vivemos - Festival Internacional de Filmes sobre Deficiência. A mostra de filmes vai até domingo aqui em Porto Alegre e segue viagem para Belo Horizonte e Campinas no mês que vem. Dei uma olhada nas sinopses dos filmes e me parecem bem interessantes. Segundo os organizadores do evento, os filmes são centrados nos indivíduos: em suas subjetividades, sentimentos, ideias, conflitos familiares e dramas pessoais; refletindo uma tendência do documentário e da produção artística em todo o mundo. 
É pouca a visibilidade desses filmes, mas acredito que já é melhor do que nada.
A segunda boa surpresa, foi a notícia de um francês, chamado Phillipe Croizon, que atravessou o Canal da Mancha em 13h. Detalhe: ele não tem nem as pernas e nem os braços. 
E tem gente reclamando, dizendo que não pode isso ou aquilo porque tem EM. Acreditam que tem gente que diz que não estuda porque tem EM? Se me falasse que era por falta de cérebro, eu até acreditava. Mas se um homem pode atravessar o Canal da Mancha, a nado, sem os braços e pernas... bueno, é melhor a gente ir pensando o que pode ou não fazer. 
Voltando aos filmes, a sinopse de um deles me chamou a atenção, a do filme Como você ousa?! :

Como você ousa?! (Dir. Lizka Assa e Uri Shin / Israel / 52′)Nada poderia impedir Hanni de realizar seus sonhos, nem mesmo uma doença neurológica fatal com o diagnóstico de apenas mais dois anos de vida. Ela luta contra o sistema, supera as dificuldades financeiras e constrói uma nova carreira. O filme “Como você ousa?!” acompanha uma mulher forte e inspiradora em sua atribulada jornada, e mostra seu encontro com o físico Stephen Hawking, que foi atingido pela mesma doença. Ao longo dessa “segunda metade” de sua vida, duas magníficas surpresas deixam todos à sua volta perplexos e eufóricos. (fonte: www.assimvivemos.com.br)

Pode até ser que a vida com EM fique mais difícil, mas assim como Phillipe e Hanni, ninguém vai me dizer o que eu posso ou não fazer. Como alguém ousa dizer o que eu tenho ou não capacidade de fazer? Espero que vocês também pensem assim.
Até mais!
Bjs

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Sirvam nossas façanhas de modelo a toda terra...

Oi amigos, tudo bem com vocês?
Mas bah tchê! Acabando a Semana Farroupilha e o feriadão. Já tomei meu chimarrão, já fui em show gaudério e já cantei umas quantas vezes o hino do Rio Grande.
Quem é de fora do nosso Estado não entende muito bem os festejos do gaúcho. Mas tudo bem, eu também não entendo muito bem boi-bumbá nem a emoção que os outros sentem, enaltecendo sua cultura regional. Por isso, não espero que entendam a emoção que eu sinto com a minha cultura.
Semana passada fui no Rock de Galpão, um show que mistura rock com as belas músicas gaúchas. Se passar pela tua terra, vale a pena conferir. Vou dizer uma coisa pra vocês, foi emocionante ver uma gurizada, dentro duma casa noturna, cantando o hino de Rio Grande do Sul com a mão no peito.
Não acho que nosso Estado seja melhor que outro, nem que sejamos melhores que os outros. Somos diferentes, como todo o Brasil é. E são essas diferenças, de cada região, que fazem o nosso país tão especial.
Então, sem a pretensão de agradar a todos que leem o blog, já que muitos não são daqui, outros tantos (mesmo nascidos aqui) detestam o Rio Grande, coloco hoje a letra e um clip de uma das mais belas músicas tradicionalistas do Rio Grande:
Céu, Sol, Sul, Terra e Cor


Eu quero andar nas coxilhas
Sentindo as flexilhas das ervas do chão,
Ter os pés roseteados de campo,
Ficar mais trigueiro com o sol de verão.
Fazer versos cantando as belezas
Desta natureza sem par.
E mostrar para quem quiser ver
Um lugar pra viver sem chorar
É o meu Rio Grande do Sul
Céu, sol, sul, terra e cor!
Onde tudo o que se planta cresce
E o que mais floresce é o amor.
É o meu Rio Grande do Sul
Céu, sol, sul, terra e cor!
Onde tudo o que se planta cresce
E o que mais floresce é o amor.
Eu quero me banhar nas fontes
E olhar horizontes com Deus,
E sentir que as cantigas nativas
Continuam vivas para os filhos meus.
Ver os campos florindo e
Crianças sorrindo felizes a cantar!
E mostrar para quem quiser ver
Um lugar pra viver sem chorar



É o meu Rio Grande do Sul
Céu, sol, sul, terra e cor!
Onde tudo o que se planta cresce
E o que mais floresce é o amor.
É o meu Rio Grande do Sul
Céu, sol, sul, terra e cor!
Onde tudo o que se planta cresce
E o que mais floresce é o amor.

sábado, 18 de setembro de 2010

A lagarta

Oi gurizada, blz?
Acho que não contei pra vocês, mas estou de evangelizadora numa casa espírita aqui de Porto Alegre, o Dias da Cruz. Fiz isso em Passo Fundo por uns anos e já estava sentindo falta das minhas crianças. Aqui peguei uma turma entre 10 e 12 anos, idadezinha danada né. Mas eu adoro.
As aulas são no sábado a tarde, e como hoje contei uma histórinha que acho que tem tudo a ver com a gente aqui, vou reproduzir a história da lagarta.
Não importa no que você acredite, acho que essa história é interessante justamente pra nos mostrar que as vezes, aquilo que reclamamos, porque achamos que é uma coisa ruim, é justamente o instrumento para sermos melhores logo ali na frente. E outra coisa importante, não importa quem somos ou como somos, todos temos qualidades, mesmo que as deixemos escondidas.

"A lagarta passava os dias, olhando os pássaros, indignada com sua vida e com a sua forma. Gostaria de ser como os pássaros no céu,  e se queixava com Deus por isso: “Sou a mais desprezível das
criaturas!”;“ Sou feia, condenada a rastejar pela Terra!”
Um dia, entretanto, a Mãe Natureza pediu que ela fizesse um casulo. A lagarta não entendeu. Pensou:  Será que estou morrendo? Será que estou construindo o meu próprio túmulo?
Indignada com a vida que levou até então, reclamou novamente com Deus: “ Quando finalmente me acostumei, o Senhor me tira o pouco que tenho”.
Desesperada, trancou- se no casulo e aguardou seu fim. Alguns dias depois, viu-se transformada numa linda borboleta. E hoje pode passear pelos céus, e ser admirada pelos homens."
Como diria Saint-Exuperi, "é preciso que eu passe duas ou três lagartas para que eu possa conhecer as borboletas".
Bom findi!
Bjs

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Guia Bruna de Hospitais

Oi amigos, blz?
Estou em casa novamente. Fiquei apenas um dia no hospital, mas parece que foi uma semana. Hospital é um lugar cansativo, não acham?
O exame é muito tranquilo. A cada três horas o médico vinha no meu quarto, pingava um colírio e media minha pressão ocular. Começou as 9h da manhã de ontem e terminou as 6h da manhã de hoje. A única coisa que incomoda é que estou parecendo um zumbi, primeiro pelo sono, e segundo porque o colírio que eles pingam deixa uma coloração amarela em volta dos olhos. Lindíssima! Hehehe
Como já internei em alguns hospitais, e sou crítica, vou fazer o Guia Bruna de Hospitais... hehehehehe
Então, vou contar pra vocês como é o Hospital Banco de Olhos de Porto Alegre. Minha estadia foi tranquila. O hospital tem uma boa higiene, atendentes atenciosos e muito bem educados. Entretanto, a comida é ruim. Já sei, vocês vão dizer que comida de hospital é ruim. Mas eu tenho que discordar. Depois que você come a comida do Hospital São Vicente de Paulo em Passo Fundo, você passa a ser mais exigente nos outros lugares. Não passei fome, mas a comida era ruim.
Outra coisa que me incomodou foi aquela entrevistinha que a enfermeira faz pra saber se você tem alguma doença, toma algum remédio e blablabla. Como a moça foi preenchendo a ficha na minha frente, pude ver que ela pulou uma séria de patologias, marcando um X na opção não. Uma das doenças que ela pulou foi AIDS. Não sei, mas me parece importante saber se uma pessoa tem ou não AIDS no momento em que ela interna no hospital.
Mas o que mais me incomodou mesmo foi ela não saber o que é Esclerose Múltipla. Acho que a maioria da população não tem obrigação de saber o que é EM, mas uma enfermeira que trabalha num hospital de olhos, e sendo a EM uma doença que afeta a visão, essa sim, tem obrigação de saber do que se trata.
Foi mais ou menos assim:
Enfermeira: Então você não tem nenhuma doença?
Eu: Tenho sim, esclerose múltipla.
Enfermeira: é uma doença dos olhos?
Eu (em pensamento) - o que? você não sabe o que é EM? Sério mesmo? Anta!
Eu (verbalmente): não, é neurológica. Mas eu tenho sim uma lesão que afeta diretamente a visão.
Enfermeira: aaaahhh. Mas como que é isso?
Eu: como assim?
Enfermeira: como é a doença? faz tempo que tu tem?
Eu (em pensamento): puta que o pariu! (desculpe o palavreado, mas foi exatamente o que pensei) a enfermeira não sabe o que é EM. Sem cabimento uma coisa dessas...
Eu (verbalmente): a EM é uma doença neurológica e blablabla (falei o que era, como descobri que tinha e tal).

Absurdo né?!
Tudo que eu contei aqui pra vocês, coloquei naquela fichinha de avaliação do atendimento (aquela que quase ninguém preenche). Acho importante dizer o que não nos agradou pra que não aconteça novamente. E realmente acho que os profissionais de saúde tem que saber o que é Esclerose Múltipla, já que tanta gente tem e afeta diversos órgãos do nosso corpo.
Fora isso, o hospital é muito bom. Se precisar fazer outro exame desses ou qualquer outro que envolva a visão, volto lá. Espero não precisar.
Bom, vou dar uma descansada. E lavar os olhos mais vezes pra sair essa tinta amarela que me deixa parecendo doente.
Até mais!
Bjs

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Atolada

Oi queridos, tudo bem?
Acabei de arrumar minha trouxinha de roupa para ir pro hospital amanhã. Calma gente, tá tudo bem! Vou para o Hospital de Olhos amanhã de manhã cedo pra fazer um exame de Curva Diária de Pressão Intra-ocular. Depois que meu exame de campo de visão deu que tem algum problema no meu olho direito, a médica pediu esse exame, que mede a pressão interna dos olhos em diferentes horários ao longo do dia e da noite. Espero que não dê nenhuma alteração. E também espero que eu possa ficar pelo menos lendo, senão, vou dormir o dia todo... hehehe
Bom, a minha saga de idas aos médicos começou em julho, e sabe até quando tenho exame e médico agendado? Até novembro! Jisus! Canso só de pensar.
Pior é que parece que eu perco o dia inteiro, mesmo que a consulta ou exame seja só no fim do dia. Esse aí que é o dia inteiro mesmo é pior.
Tô tão cheia de coisa pra fazer que me sinto mal de parar de estudar pra fazer isso, mesmo sabendo que é necessário. Mesmo sabendo que sem saúde eu não posso fazer nada.
Hoje eu tava pensando que eu to atolada de coisas. Mas atolada mesmo. E com essa função de médico, me atolo mais ainda. Entretanto, todavia, contudo... a minha atolação é em lama medicinal... hehehe Afinal, quantas pessoas nesse país tem o privilégio que eu tenho de fazer mestrado e tem condições de ir em médicos de qualidade e fazer todos os exames que os médicos pedem?
É minha gente. A gente reclama de barriga cheia. Atolada sim, mas é pro meu bem.
Amanhã estarei ausente do mundo online. Quarta-feira eu conto pra vocês como foi.
Até mais!
Bjs

sábado, 11 de setembro de 2010

Divagando

Oi queridos, tudo bem?
Essa semana foi muito doida: congresso, viagem, seminário, aula, feriado, festa de aniversário...
Ufa! Quanta coisa.
Eu tava aqui pensando que, até pouquíssimo tempo atrás, se eu quisesse fazer alguma coisa bem feita, eu teria que escolher uma das alternativas apenas. Estou orgulhosa de mim mesma por conseguir ter feito tudo direitinho, e sobrevivi. Tanto que hoje vou em uma festa.
Isso era impensável. Por causa da EM, é claro.
Que doencinha danada né. Nos impoem limites em uma fase da vida, depois tira esses limites, depois dá de novo. E a gente fica que nem doido, pensando se pode ou não fazer tal coisa.
Eu já fui mais cagona, evitando de fazer muita coisa pelo medo de não conseguir. Hoje eu gosto de testar, mesmo que não dê certo.
Sei que isso parece bobo, comum e meio brega. Mas quem tem EM me entende. Sabe o quanto é difícil se arriscar nesse mundo que dificilmente entende quem tem alguma dificuldade motora. E sabe também a felicidade que é conseguir fazer pequenas coisas comuns, bobinhas do dia a dia, mas que a EM nos tira de vez em quando.
Sou muito feliz por ter a oportunidade de conseguir fazer de novo coisas que não fazia mais. Mais feliz ainda por ter energia pra realizar todas as minhas atividades. Se tenho medo de perder isso? Tenho. É lógico que tenho. Mas não deixo o meu medo ser maior que a minha alegria.
Aproveitem o findi crianças!
Até mais!
Bjs

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Bruxaria do bem

Oi gentes, blz?
Vocês gostam de Harry Potter? Eu confesso que gosto das histórinhas do bruxinho. Adoraria ir pra Hogwarts... hahaha
Mas, se você não gosta, está na hora de começar a gostar. Tudo porque a autora da séria, J.K. Rowling ajuda muito nas pesquisas sobre EM. A mãe da escritora tinha EM, e agora, Rowling batalha para que as pessoas que tem EM sofram menos e tenham tratamentos adequados. Olhem só a notícia que saiu lá no Gang da EM:


A autora de "Harry Potter", J.K. Rowling, doou 10 milhões de libras (mais de 15 milhões de euros) para a criação de uma nova clínica de pesquisa de esclerose múltipla.

A clínica, sediada na Universidade de Edimburgo, na Escócia, receberá o nome da mãe de Rowling, Anne, que padecia desta doença do sistema nervoso central. A escritora espera agora que este seja "um centro de excelência para condições neurológicas".
"Eu acabei de fazer 45 anos, a idade que minha mãe tinha quando morreu por complicações ligadas à esclerose múltipla", disse Rowling em comunicado esta terça-feira. "Eu sei que ela preferiria ter o seu nome numa clínica em vez de ser edificada uma estátua, criado um jardim de flores ou ser visto numa placa comemorativa, por isso esta doação também será feita por ela e de agradecimento a tudo quanto ela me deu na sua vida, que foi demasiado curta."
A doação é a maior já feita pela autora, cuja fortuna é estimada em mais de 500 milhões de dólares graças ao sucesso mundial de seus sete livros sobre o menino feiticeiro. É a maior doação já recebida pela universidade.
O novo centro também pesquisará outras doenças degenerativas como as de Alzheimer, Parkinson e Huntington que, como a esclerose múltipla, são progressivas e incuráveis."

Gostei muito!
Obrigado Rowling e Harry Potter, que a fez ficar rica o suficiente para nos ajudar.Os esclerosados do mundo agradecem!
Até mais!
Bjs


terça-feira, 7 de setembro de 2010

Vida

Oi amigos, tudo bem com vocês?
Hoje consegui parar em casa pra ler os emails, comentários e mensagens recebidas em decorrência da matéria no ZH, e estou emocionada com tamanho carinho. Muito obrigado mesmo!!!
Mas vou contar como fomos parar lá no jornal.
Na segunda-feira da semana passada, a Kamila, jornalista do ZH me ligou, pedindo uma entrevista porque faria uma matéria no caderno Vida, que sai todo sábado e é sobre saúde. Claro que aceitei, afinal, quanto mais falarmos de EM nos grande meios de comunicação, mais pessoas saberão o que é.
Me assustei na hora que ela disse que fariam fotos... sabe como é, adoro fotos, mas dos outros, não de mim, hehehe.
Enfim, na terça-feira fui ao Parque da Redenção com o fotógrafo do jornal (Tadeu Vilani) pra fazer as fotos. Como uma das coisas que mais gosto em mim é o sorriso, levei minha equipe de apoio: mamãe, Raquel e Renata, pra me fazerem rir naturalmente na hora das fotos. Deu certo. Nos divertimos muito e as fotos ficaram ótimas. Claro, fotógrafo bom faz milagres né.
E antes que me perguntem:, não, eu não sou nerd o suficiente pra levar meu notebook prum parque lindo e arborizado. Foi só pra criar um clima...hehehe
E explicando o que eu estava fazendo no momento da foto: jogando paciência spider... ou vocês acham que eu ia conseguir fingir que estava fazendo alguma coisa? Hahahaha
Fiquei super ansiosa até ver o jornal impresso no sábado. E gostei do resultado. Aliás, a entrevista com a Neiva, que eu ainda não conheço, também ficou muito legal. Parabéns pra ela e pra família linda dela que a apoiou!
Bom, coloquei hoje duas outras fotos feitas pelo fotógrafo de ZH, e que não foi publicada, mas eu curti, principalmente por saber que, na foto sem o computador, minha prima e minha irmã estavam dançando e cantando uma música que inventamos quando éramos crianças, o que explica o riso solto...hehehe. Na com o computador, eu estava jogando paciência spider...hehehe
Pois é gente, aos poucos a gente vai dominando o mundo!
Ah, e a propósito, saímos no caderno que tem o nome mais apropriado para o blog: Vida
É isso que queremos, viver muito e muito bem!
Até mais!
Bjs

sábado, 4 de setembro de 2010

Estamos no jornal

Oi queridos, tudo bem?
Estou no frio de Caxias do Sul, num evento de comunicação e fazendo um esforço danado pra postar a partir do meu smartphone. Mas não podia deixar de contar que estamos famosos... Essa era a surpresa de sábado: estamos no caderno Vida do jornal Zero Hora de hoje. Corre pra banca! Hehehe
Quem não achar a versão impressa, é só entrar no site do jornal: www.zerohora.clicrbs.com.br. Acho que é assim o site. Amanhã eu conto melhor como que fomos parar no jornal. Bjs

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Meu dragão de estimação

Oi amigos, blz?
Olha só que maravilha, temos 200 seguidores! Uhuuuuu!
Não que eu escreva diferente por ter mais ou menos seguidores, mas sim, dá uma satisfação saber que tanta gente lê o blog.
Estou meio atolada de coisas por aqui, e vou ter um congresso que vai até o feriado, então, perdoem a minha provável ausência.
Deixando o papo furado de lado, e entrado em um papo mais furado ainda, fiquei viajando mais do que o esperado em uma aula esses dias (não se preocupem, eu consigo viajar na maionese e prestar atenção no professor ao mesmo tempo...hehehe), e queria contar pra vocês.
Situando o povo, eu estava numa aula sobre narrativas, ou seja, histórias contadas por textos, filmes, etc... (os teóricos me matariam lendo essa hiper simplificação do termo... mas não é o que nos interessa no momento). Bueno, o professor começou a viajar numa história pra nos dizer que uma história precisa ter início, meio e fim, como a nossa vida. Num conto de fadas, o início normalmente é um mundo lindo e equilibrado, no meio acontecem os percalços, como o dragão que rouba a princesa e a tranca na torre mais alta, da montanha mais alta do reino. E o fim, bom, normalmente no fim um príncipe a salva.
A vida da gente também é assim: início, meio e fim. Acontece que o meio das nossas vidas é a parte mais longa (eu espero que a minha seja). E é também no meio que os dragões vem nos pegar, que comemos a maçã envenenada, que espetamos o dedo na roca, etc...
O meio é feito pelas voltas que a vida dá. E o fim é o que pode nos tornar heróis, ou não. O herói é aquele que salva a princesa do dragão.
Vejo que a maioria das pessoas fica esperando esse "herói" chegar para levar todos os problemas chegarem. Esperam uma cura para todos os males, físicos e da alma. Mas e se a gente domar o dragão hein? E se a gente aprender a lidar com ele? É possível que consigamos até uma carona pelos ares...
Por enquanto, meu grande dragão é a EM. Foi ela que chegou e bagunçou tudo. E ainda me disse: não adianta, vou fincar pé por aqui.
Negociei com esse meu dragão. Eu o trato bem, e como recompensa, ele me mostra outros caminhos na minha história. Sim, de vez em quando ele me tranca lá no alto da torre, e eu me sinto desprotegida e sozinha.  Mas é só fazer uma forcinha, que ele me trás de volta...
Será que vou ter um final feliz? Sei lá. Só sei que estou tendo um "meio" muito feliz, montada no meu dragão de estimação...hehehe
Nossa Senhora... que papo de doido...
Até mais!
Bjs